A aplicação da inteligência artificial (IA) está a crescer rapidamente e a entrelaçar-se cada vez mais com a nossa vida quotidiana e com indústrias de alto risco, como a saúde, as telecomunicações e a energia. Mas com grande poder vem também grande responsabilidade: os sistemas de IA cometem, por vezes, erros ou fornecem respostas incertas que podem ter grandes consequências.
A Themis AI do MIT, cofundada e liderada pela Professora Daniela Rus do laboratório CSAIL, oferece uma solução inovadora. A sua tecnologia permite que os modelos de IA “sabem o que não sabem”. Isto significa que os sistemas de IA podem indicar por si próprios quando estão incertos sobre as suas previsões, permitindo evitar erros antes que causem danos.
Porque é que isto é tão importante?
Muitos modelos de IA, mesmo os avançados, podem, por vezes, apresentar as chamadas “halucinações”—fornecendo respostas incorretas ou infundadas. Em setores onde as decisões têm um peso elevado, como o diagnóstico médico ou a condução autónoma, isto pode ter consequências desastrosas. A Themis AI desenvolveu a Capsa, uma plataforma que aplica a quantificação de incerteza: mede e quantifica a incerteza da saída da IA de forma detalhada e fiável.
Como funciona?
Ao dotar os modelos de consciência de incerteza, as suas saídas podem ser fornecidas com um rítulo de risco ou confiança. Por exemplo: um carro autónomo pode indicar que não tem certeza sobre uma situação e, por isso, ativar uma intervenção humana. Isto não só aumenta a segurança, mas também a confiança dos utilizadores nos sistemas de IA.
capsa_torch.wrapper() onde a saída consiste tanto na previsão quanto no risco:

Conclusão
O MIT equipa demonstra que o futuro da IA não se resume apenas a tornar-se mais inteligente, mas principalmente a operar de forma mais segura e justa. Na NetCare, acreditamos que a IA só se torna verdadeiramente valiosa quando é transparente sobre as suas próprias limitações. Com ferramentas avançadas de quantificação de incerteza como o Capsa, também pode concretizar essa visão.